Governo Lula está em descomo com o País 6t5r1l
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*Eduardo Berbigier
A atual política econômica não se sustentará por muito tempo
A ascensão das redes sociais revolucionou a comunicação,
tornando-a imediata e global. Elas funcionam como um canal poderoso para a
liberdade de expressão e manifestação, permitindo que cidadãos se organizem,
compartilhem informações e denunciem abusos de forma rápida e muitas vezes fora
do controle estatal tradicional. Isso cria o que alguns chamam de "dilema
do ditador": regimes autoritários precisam da internet para a economia,
mas temem seu potencial de mobilização popular.
Por isso, muitos regimes autoritários hoje não apenas censuram e bloqueiam o
o, mas também usam as próprias redes sociais para seus próprios fins:
propaganda e manipulação da opinião pública, vigilância e repressão,
mobilização de apoiadores, controle da narrativa, entre várias outras. Tais
iniciativas tornaram-se evidentes, claras e transparentes aos olhos de um mundo
cada vez mais conectado.
Temos visto também, ao longo da história, que quando o sistema judiciário de um
país é cooptado e encharcado de ideologia, ele se torna uma ferramenta
fundamental para o regime, validando sob o verniz da lei, ou seja, legalmente,
as ações dos políticos de plantão.
O fracasso do governo Lula
A desaprovação de um governo em uma democracia geralmente se
manifesta quando há uma percepção de falhas significativas em áreas essenciais
para o bem-estar da população. Isso inclui, mas não se limita a: problemas
econômicos; corrupção; questões sociais; insatisfação com políticas específicas
e polarização política e institucional.
É evidente que a desaprovação do governo do atual mandatário no Brasil está
ligada, em grande parte, à percepção de um declínio no bem-estar econômico e a
uma crise de confiança nas instituições (Ministério da Fazenda, INSS,
Judiciário, Segurança Pública...).
Apesar da retórica e do investimento massivo em "pacotes sociais" –
como Bolsa Família, Programa Pé-de-Meia, Auxílio Gás, Minha Casa, Minha Vida e
Tarifa Social de Energia Elétrica e Água – que geram um custo monumental e
insustentável a longo prazo para os cofres públicos, a estratégia governamental
para a reeleição parece que tem se mostrado falha.
Pesquisas reiteradas confirmam que, mesmo com a aposta
nessas transferências de renda diretas, o desempenho do atual mandatário não
decola, o que levanta sérias questões sobre a eficácia de medidas que visam
apenas o populismo eleitoral.
Para governos com as características do atual, a ineficiência é muitas vezes
mascarada, ou até mesmo orquestrada, pela confusão e pelo caos. Quanto mais
intrincadas e debatidas são as pautas, menos foco há nos problemas reais que
afetam o cotidiano do cidadão e, ironicamente, naqueles que os programas
sociais deveriam resolver. Exemplos claros dessa cortina de fumaça são a
açodada e imprudente reforma tributária em andamento, a proposta de reforma do
Código Civil, a discussão incessante sobre regras para as redes sociais, entre
várias outras.
A turbulência no país
Essas grandes movimentações legislativas podem desviar a atenção do desempenho aquém do esperado em áreas cruciais. A tática parece ser manter a agenda política e a mídia ocupadas com debates complexos e polarizadores, enquanto, apenas para exemplificar, a efetividade da gestão e a sustentabilidade fiscal são deixadas de lado.
O objetivo final é
claro: criar um ambiente de turbulência controlada que beneficie a narrativa
governista, mas que, no fundo, apenas perpetua a falta de soluções concretas
para os desafios do País, mantendo o projeto de poder que vem sendo
implementado há anos.
Um alerta para os beneficiários dos “pacotes sociais”, os financiadores das
futuras campanhas políticas, os eleitores e os consumidores em geral: a
atual política econômica não se sustentará por muito tempo; estamos seriamente
sujeitos à ruína, ao choro e ao ranger de dentes. Quem semeia ventos colhe
tempestade.
*Eduardo Berbigier é advogado
tributarista, especialista em Agronegócio, membro dos Comitês Juridico e
Tributário da Sociedade Rural Brasileira e CEO do Berbigier Sociedade de
Advogados.